Quando és jovem, ir "ao mar" é o fim último da praia.
Nós íamos muitas vezes: à chegada, antes de almoço, logo a seguir ao almoço, uma hora depois da sandes com manteiga, logo a seguir, um mergulho depois do lanche.
Eram cinco, seis, sete, oito banhos no mar, todos os dias, às vezes até a chover (a água está melhor, o problema é depois, mas isso é só depois, logo se via).
Os anos foram passando, os amigos de sempre foram deixando de se conseguir encontrar na "nossa" praia e os mergulhos começaram a diminuir.
Porque fomos ficando mais velhos, porque ficámos com menos férias, porque fomos educados a não ir sozinhos à água, porque chegou a geração seguinte e as responsabilidades são outras...
Isto tudo para dizer q hoje, 17 dias depois, fui ao mar.
A água estava fria, mas tive companhia e isso fez toda a diferença.
A Marlene Belo puxou por mim e fomos mesmo, o Miguel já lá estava e a Luciana Marques só não entrou porque estava de olho na sua princesa, mas falámos - de pés na água - sobre as diferenças nas nossas atitudes e, realmente, as coisas estão muito diferentes e, agora, até parece q os mergulhos até já, quase, não fazem falta.
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